sábado, 2 de março de 2013

The rain...

As cores do estão se acinzentando com cada batida de coração. Cada respiração entrecortada faz crescer a dor que mal cabe no peito.Os olhos brilham como diamantes,  lágrimas solitárias escapam, uma após a outra, traçando seu suave caminho pela pele, deixando um rastro de dolorosas lembranças e um enorme buraco na alma.
Meus olhos fecham-se diante da ilusão, recusando-se ao alívio vão do desvio da verdade... Braços se fecham ao meu redor, e com pesar noto que são meus próprios braços que me envolvem, em uma pobre tentativa de conforto. A cada toque do relógio, ouço meu coração desfazer-se, parte a parte, enquanto a chuva do lado de fora acaricia meus ouvidos com o suave som da tristeza de suas frias gotas, o som do choro dos céus, que contrasta com o meu próprio. Discreto, quase silencioso, mas com um significado mais profundo do que ninguém pode imaginar.
Será que o céu se compadecia de minha angústia, e chorava por mim?
Meus olhos se abrem, buscando nas paredes vazias uma resposta para a pergunta que ecoa em minha mente, mas que sei que nunca ouvirei pronunciadas as palavras que a sanariam... Não há nada ao meu redor alem da extrema melancolia que assola minha alma, e a cada segundo torna minha existência mais miserável.
 Abro minha boca em um grito silencioso do turbilhão de pensamentos sombrios que invadem meu ser, as lágrimas vertem agora junto com a chuva, seguidas, sentidas, sem fim. Soluços involuntários escapam seguidos de um aperto esmagador em meu peito, ameaçando acabar com as batidas do meu frenético coração.
Em um estalo, a confusão e o medo foram finalmente tragados pelo torpor, e dou as boas vindas à fria falta de sentimentos que de repente toma conta de mim. Tudo se torna cinza, todos os sons deixam o ambiente, a chuva deixa de cair, e o tempo parece congelar em um sufocante segundo que com todas as minhas forças eu desejo ser eterno.
E com um ultimo suspiro, a luz deixa meus olhos, tragando o ultimo pedaço que existia de mim.

Como uma marionete sem vida, sigo caminhando. Uma criação imperfeita em busca da paz.

Será que um dia poderei ouvir novamente a chuva?

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