sábado, 30 de julho de 2011

Diario de uma garota não tão popular 2

Encostada sozinha na parede do meu quarto, me perguntei pela milésima vez o que diabos eu estava fazendo parada ali. E apesar de negar com todo meu ser, eu sabia bem o motivo disso: eu estava esperando-o. Mesmo com tudo e todos me dizendo o contrario eu não podia me fazer parar de esperar, sempre havia uma pequena centelha de esperança, como uma voz no fundo do meu coração que sussurrava “ ele vai voltar, ele disse que ia voltar”, e mesmo eu ignorando ao maximo, meu corpo parecia ter vida própria e não respondia meus comandos, me fazendo ficar ali esperando, e disparando meu coração cada vez que alguém tocava a campainha, só para faze-lo murchar toda vez que comprovava que não era ele ali.
- Será que isso é se apaixonar? – perguntei em voz baixa enquanto abraçava meus joelhos contra meu peito
Bem, o que eu sentia? Não havia aquele frio na barriga quando eu pensava nele, como também eu não me sentia nem um pouco como se dizia nos livros de romance, nada de borboletas no estomago, mão suada ou um sentimento de fim do mundo quando pensava que ele poderia sumir. Eu na verdade sentia um grande nada... um vazio. É como quando temos um objeto, por exemplo, uma correntinha que você não ama ou gosta especificamente dela, mas que você a usou por um longo tempo e então um dia tirou ela do seu pescoço. Você não sofre, não chora porque esta sem essa correntinha, somente sente a falta dela no seu pescoço, e mesmo inconscientemente durante o dia você vai tocar aquele lugar onde ela costumava estar e então se lembrar que você a tirou. E era mais ou menos assim que eu me sentia, havia a falta de ter alguém ali por mim, alguém que eu sabia que poderia abraçar e fechar os olhos para os meus problemas, alguém em quem eu pensava antes de dormir, alguém que me trouxe ao mais perto da felicidade que eu já estive, mas eu não estava morrendo por isso, apenas... era como se faltasse algo na minha vida. Não sei se conseguiria explicar direito isso, mas é o que eu sentia.
- Estúpida – murmurei me levantando
Caminhei pela casa vazia sem realmente prestar atenção em nada. Olhei pela janela, o dia estava agradável, sem sol, com uma temperatura perfeita, nem frio nem quente exatamente como eu gostava. As pessoas passavam pela rua e eu observava-as tentando imaginar como seria a vida de cada uma delas, pra onde estavam indo, o que estavam pensando, e depois de alguns minutos desse jogo silencioso sai da janela e voltei para o meu quarto, sentando na cama com um suspiro.
E no fim estava eu ali sendo estúpidamente humana. Mais uma vez. Isso já estava ficando repetitivo...

Palavras de um coração

Me diga o que sente quando vai dormir
Me diga o que passa em seu pensamento
Se arrepende de alguem que você deixou ir?
Sorri por lembrar um precioso momento?

Me conte, quais são seus medos?
Sei que a vida nos traz bastante
Me conte, sei muitos segredos
Sejamos confidentes, apenas um instante

Eu conheço todos seus anseios
Já chorei todas suas dores
Já sorri de sonhos passageiros
Já sofri por todos seus amores

Peço que me perdoe, por favor
Pelas vezes que te fiz chorar
Só o fiz porque antes morrer de amor
Que viver para nunca amar

Creio que agora sabes quem sou
O que eu podia, por ti eu já fiz
Sou seu coração, que te leva em sussurros
Ao caminho que te faz feliz

Lilly Vanwolf

Poesia noturna

Geralmente é a noite que tenho mais inspiração pra escrever, principalmente de madrugada que é quando o silêncio me permite pensar em tudo que se passou e sentir com mais liberdade. Essa poesia eu escrevi há alguns dias de madrugada enquanto eu tentava pensar em como escrever.. é, meio sem sentido, mas quando ler vai entender =D boa leitura.

Versos

De versos inatos surgem sentimentos

Que de suaves dedilhar do traço em folha

Tornam-se verdadeiros

De palavras, gestos e escolhas

De pesares em consciência

Não é questão de inteligência

É só a doce paciência

De tornar,

O sorriso em onda

A alegria em mar

Que em seu suave relevo

Leva em seu regaço

Lagrimas que escrevo

Sonhos que desejo

Formas que vejo

Amores que perco.

Meu coração,

Que em suave batida se perde

Por encontrar,

Os versos que o façam real.


Lily vanwolf

Diario de uma garota não tão popular

Encostada no tronco da arvore, tudo que pude fazer foi observar os dois enquanto se beijavam e trocavam suaves caricias ali, bem a minha frente. Milhões de emoções passaram por mim: medo, dor, traição, ódio, tristeza, mas me segurei na ultima fagulha de coragem que eu tinha no peito, e mesmo com meu coração eu pedaços,virei as costas e sorri para minha irmã.
- Nossa,ali são... – começou ela
- Sim, são eles – respondi antes que ela terminasse
Ela me lançou um olhar de compaixão antes de se virar para seguir em frente. Caminhei atrás dela, mas não pude me impedir de me voltar para olhar uma vez mais. Aquele toque, aquele olhar, todas as lembranças que eu rigidamente guardei vieram a tona, e tudo que desejei foi que aquele tempo voltasse, assim eu poderia ter aproveitado cada pequeno segundo, ou então talvez nunca ter sentido esse terno calor em meu coração, que agora, apesar de aquecido, perdia uma batida por ver todo o motivo da minha felicidade nos braços daquela que só me inspirava desprezo.
Reuni todas as minhas forças e dei um passo adiante,virando as costas para o meu passado, e aquele que poderia ter sido meu futuro. O que mais me entristecia em toda a situação era saber que depositei tanta da minha confiança em alguém ao qual eu não significava nada alem de uma diversão. Mas o mundo da voltas, e na minha mente e minha alma, eu podia sentir que algo viria mais pra frente, e eu me agarrei a esse sentimento como minha ultima escapatória.
- Espero pelo que o destino me prometeu. – falei erguendo o rosto para o céu – só espero que de certo dessa vez – completei com um suspiro.
Caminhei até acompanhar minha irmã e dentro de mim selei um pacto comigo mesma.
Nossos caminhos podem até se cruzar no futuro, mas para mim você não será nada mais que uma lembrança, e eu estarei sorrindo com meu coração novamente,ao lado de alguém que realmente valha a pena minhas lagrimas.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cordeiro ou condenado?



Que minha sanidade se vá com poesia
Que o mundo não se esqueça a verdade que eu trazia
Que meus gritos de liberdade me sigam ao final
Não vivo por seguir o que é bom ou que é mau

Minhas palavras traduzem uma mente decidida
Meus traços no papel levantam-se e ganham vida
O mundo se divide em cordeiro e condenado
A escolha que nos tira de um destino traçado

Em um mundo que vê nada alem da imagem
Um lugar em que apego é só de passagem
Se foram as historias, de moral e mensagem
Lagrimas dos antigos, sombria paisagem

Cordeiros que seguem alheios aos fatos
Seguindo a um nada como fila de patos
São os que nos fazem como condenados
Por vermos a mais do que lhe foram mostrados

Agora me diga, com que olhos vê?
Com olhos de cordeiro que em tudo crê?
Ou condenados olhos de quem quer saber?
Cordeiro ou condenado, quem é você?
By: Lilly vanwolf

Incompreensão


Creio que todos já passaram por isso pelo menos uma vez. Aquela situação em que parece que todo mundo olha para você apontando o dedo para os seus defeitos e erros e ninguém vê suas qualidades e tudo de bom que você já fez, e ainda faz… Quando isso acontece, parece que tudo ao nosso redor não importa, você se sente diminuído, injustiçado, incompreendido.
Mas não podemos cair, por mais que tentem pisar em nós, devemos erguer a cabeça e nos levantar e seguir em frente, mesmo que por dentro estejamos quebrados, por que assim mostramos ao mundo que somos melhores do que pensam, e provamos que nossos erros não não fazem cair, mas sim aprender com eles para não errar novamente no futuro. Busque apoio naqueles que você ama, chore se for necessário e sorria daquilo que te assusta.
“Se você sorrir
Com seu medo e tristeza

Sorria e talvez amanhã
Você verá que a vida continua

Se você apenas sorrir…

Este é o momento que você tem que continuar tentando

Sorria, de que adianta chorar?
Você descobrirá que a vida ainda continua
Se você apenas sorrir “



— Smile - Charles Chaplin

Amor


Muitos já sentiram, outros buscam a vida toda sequer um traço dele. O amor vem sutil como uma pluma, mas com o peso do mundo inteiro, mas afinal, o que é o amor? Poetas escrevem sobre, musicas despertam a imaginação dos enamorados, mas ninguem nunca será capaz de descrever exatamente tão sublime sentimento. Para saber o que é o amor, basta senti-lo.

" O amor é o único traço da perfeição ao qual os humanos são permitidos desfrutar"

Lilly Vanwolf

"O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar."

Carlos Drummond de Andrade


Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.

Machado de Assis

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