O sol permanece em sua posição no céu, alto, imponente, e completamente alheio á como todos no mundo se sentem. Ele apenas segue la, uma figura brilhante que supostamente traz calor e alegria.
Não hoje. Não agora.
Nessas terras onde o sol nunca se põe, meu lamento ecoa pelo vento e alcança os céus em uma melodia de nada alem de dor.
Mais uma vez, distante, deixado para trás.
A historia se repete em um jogo irônico do destino que apenas adiciona palavras para serem testemunho do quão fundo posso ir.
O dia novamente demora a passar, as pessoas transitam, sorridentes e seguem sem sequer notar como me sinto. Claro, como sempre, ninguem nunca nota. Ocupados demais com seus próprios dramas e problemas, iludidos demais pelo meu teatro de bom humor de "sorria, mexa-se, aja como se tudo estivesse bem".
E mais uma vez me encontro na situação tão diferente da primavera passada, mas ao mesmo tempo tão malditamente igual que me joga de encontro ao muro que criei para aquelas emoções, e escava as feridas antigas para sangrarem duas vezes mais do que naquela tarde ensolarada, e doerem mil vezes mais do que doeram quando naquela voz que tanto amava ouvi as palavras que me fizeram ficar.
Afinal, o mundo e as coisas são muito mais coloridas sem essa minha alma cinzenta que nada tem a acrescentar não é? E depois de invernos e primaveras vejo apenas um reforço disso que eu tão duramente neguei para mim mesma.
Uma pena ter pensado e planejado tanto por esse tempo que ja não tenho mais. Mentir que desejo que voce tenha um bom dia e esteja feliz não me tornará uma pessoa melhor então, reservo-me ao silencio da reclusão pelos dias que se seguem.
A unica coisa que desejaria nesse momento e nos próximos é a compania da chuva...
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