sábado, 12 de maio de 2012

Não mais...

As cores do dia vão se acinzentando
Ao passo que as horas que vem se arrastando
Tornam-se tantas que mal posso contar

Os olhos que antes brilhavam em vida
Hoje reluzem de lagrimas por derramar

Quem sabe a alma  vazia anuncie a partida
Desejos que vão para nunca voltar...

O poeta que antes fitava as estrelas
Agora mantem os olhos no chão
Talvez com a certeza de nunca obtê-las
Ou quem sabe somente por perder a emoção

Cada dia se arrasta rumo ao eterno
E apenas o silencio e o frio do inverno
Embala sombrios pensamentos ao fim

Doce lua que velava meus sonhos
Crescente brilho de olhar risonho
Será ela capaz de afastar solidão
E quem saber devolver-me meu coração?

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